A vida de Renato, contada quase diariamente por seu biógrafo favorito

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Entre reuniões desinteressantes e conversas produtivas (27/10/2015)

Houve um tom de nostalgia quando Renato foi acordado por sua irmã quando esta saiu do banho e o chamou em seu quarto. Do alto do colchão que fica em cima do armário de seu antigo quarto, ele abriu os olhos e sorriu com a lembrança de como eram todos os dias de trabalho pela manhã quando morava na casa de sua mãe.

Atrasado, ele não ligou muito e foi pro banho. Arrumado, ele também não ligou para horário e devotou um tempo ao café-da-manhã com Paloma e Elza. Esta, inclusive, ainda arranjou aos filhos uma boa carona para o metrô.

Chegou no escritório 15 minutos depois do horário previsto para a reunião a que estava convocado, mas constatou que Mateus ainda não havia chegado, apesar de ser o organizador da referida reunião. Aí está uma coisa que incomoda Renato, mas foi absorvida com leituras de artigos interessantes na internet.

Quarenta minutos de atraso e o gerente apareceu para que a reunião se iniciasse. O rapaz não estava ali trabalhando, apenas seu corpo como avatar de sua presença. Ligado a um projeto fadado ao fracasso, mas como única forma de se restabelecer na empresa, Mateus tentava extrair de sua equipe o melhor de cada um para ajudá-lo. Contudo, há tempos ele já não tinha o controle sobre seus subordinados e tinha que gastar o dobro ou o triplo de energia para concentrá-los em torno de um objetivo que fosse seu.

No almoço, foi com Laura para desabafarem um com o outro as angústias de estarem naquela sala fechados e mais meio expediente que teriam que passar lá. De volta, mais cinco horas de clausura transcorreram até a liberdade para a rua.

A parte boa do dia foi que Renato foi buscar sua irmã no trabalho para dar-lhe uma carona até a casa de sua mãe; ele precisava buscar a roupa passada que havia lavado no final de semana e deixado lá para a empregada de Elza fazer o esforço com o ferro.

Entre piadas e fofocas, os irmãos discutiram por bastante tempo o futuro e a carreira de Paloma, com o rapaz prestando seus serviços amadores de coaching. Jantaram só eles na padaria da praça perto do destino final, já que Elza iria trabalhar a noite toda no hospital, e encerraram o dia em um bom tom de confraternização.