A vida de Renato, contada quase diariamente por seu biógrafo favorito

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Final da Copa do Mundo de Rugby (31/10/2015)

Renato não dormiu bem. Talvez por calor, eventualmente pela apneia que tem quando dorme de barriga para cima, acordou diversas vezes durante a noite e teve sonhos esquisitos. Quando o dia raiou, celebrou o fato de não precisar ter que ficar mais tempo ali deitado. Alice acordou em definitivo uma dezena de minutos depois do namorado e ambos foram para o banho para enxaguar a preguiça junto com o sabonete.

No café da manhã, acertaram os detalhes de como fariam para assistir a final da Copa do Mundo de Rugby. A Nova Zelândia estava marcada para enfrentar a Austrália pelo título em um jogo de força entre as duas seleções melhores classificadas no ranking internacional. O Outback foi novamente escolhido como arquibancada do casal e para lá seguiram depois de fazerem um pouco de preguiça no sofá da sala.

O restaurante estava vazio quando chegaram, pelo que escolheram um lugar estratégico no balcão em frente à TV. Desta vez, o canal de esporte que transmitiria o jogo já estava sintonizado e a partida foi assistida desde o tradicional haka, dança maori de guerra que a seleção neozelandesa faz antes de cada jogo. Recomendo uma procura no youtube para quem ficou curioso.

Pra variar, Renato não desgrudava os olhos do televisor. Enquanto Alice escolheu um prato com esmero e calma, até pensando em seu estômago, o namorado pegou uma carne aleatória com batatas para si no exato intervalo que a atenção liberou o cérebro, apenas no instante que transcorreu uma substituição de jogadores durante o primeiro tempo do jogo.

Depois de quase duas horas de fixação esportiva, nosso protagonista comemorou timidamente o título da sua seleção favorita, que ganhava o segundo campeonato mundial consecutivo. A moça, que também gosta de rugby, aparentemente ficou mais feliz com a alegria do rapaz do que necessariamente com o resultado da partida. Fato é que ambos foram para a casa dela contentes.

Para preencher a tarde, zapearam a TV a cabo atrás de algo interessante e até acharam um ou outro programa perdido. Pra quem via de fora, mais importava estarem no mesmo ambiente do que necessariamente se entreterem com o que passava na tela.

Para a noite, uma peça recomendada por Laura durante a semana foi escolhida como ocupação. Se arrumaram e atravessaram a cidade atrás do teatro em que seria a apresentação. Curtiram uma montagem de humor cotidiano de qualidade mediana. "Melhor do que ficar em casa sem fazer nada", pensou ele, sendo provavelmente acompanhado por Alice.

Ao fim, foram para a casa dela novamente terminar a noite enrolados entre lençóis e si mesmos.