A vida de Renato, contada quase diariamente por seu biógrafo favorito

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

O apartamento ganha uma cômoda (02/11/2015)

Mais uma noite em que o casal dormiu junto, mais uma noite em que Renato teve sonhos estranhos. Talvez seja pelo calor ou pelo abafamento do quarto hermeticamente fechado que a atividade noturna do rapaz esteja em alta ultimamente, vai saber. De qualquer forma, acordou preguiçoso e foi ao banheiro só esvaziar a bexiga, tempo em que Alice já estava acordando.

Depois de um pouco de enrolação e chamegos, os dois levantaram e foram tomar um banho juntos. Hoje, a graça foi ela usar a maquininha para tirar o excesso de pelos da barba, das costas e do peito dele. Provavelmente era a primeira vez em que a moça fazia algo do tipo e a empolgação que demonstrou era o que denunciava. Pintou, bordou, fez, aconteceu, riu e antes de terminar, a bateria do equipamento acabou. Vou deixar para a imaginação de vocês a imagem do que é aquele peito branquelo com um tufo perdido do lado direito.

Vestidos, saíram da casa dela e rumaram para uma cantina napolitana em Guarulhos onde haviam marcado almoço com Elza, Paloma e Thiago. Conversaram o mesmo tanto que comeram, e italianos são mestres em exagero culinário. Dali, cheios como barris de vinho prontos para transporte, quase foram rolando até o carro para seguirem ao shopping: Renato finalmente compraria uma cômoda para seu quarto.

No centro de compras havia dois tipo de lojas: aquelas em que um gaveteiro de um metro de largura e quatro gavetas custava o preço de uma moto e as Casas Bahia. Condizente com seu apartamento, o rapaz comprou um móvel de quinhentos reais em três vezes (sem juros!), assessorado com toda a fineza que sua mãe e sua irmã têm pra distribuir: "Não acredito que você vai comprar isso?!", "Onde vai colocar seus sapatos, seu burro?", "Compra logo esse que é o melhor, vai!". Apesar da pouca cortesia, Renato se mostrava bastante satisfeito em ver como elas se envolviam em sua empreitada particular que era morar sozinho.

Na saída do shopping, o rapaz despediu-se da família e seguiu com a namorada de volta para Guarulhos. Terminou o dia em um happy hour na casa de Gabriela, onde também estavam Vítor e mais um casal de amigos; os seis bebendo cerveja, comendo amendoim e pondo o papo em dia. Já de volta na casa de Alice, onde resolveu dormir esta noite também, cochilou no sofá com ela deitada em seu colo enquanto Robocop de José Padilha passava na televisão para ninguém.