A vida de Renato, contada quase diariamente por seu biógrafo favorito

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Renato se vê em Carina (05/11/2015)

Acordar em hotel é traumático para Renato. Quando trabalhou em Mato Grosso, foram quatro meses morando em dois hotéis diferentes (um na capital, outro no interior) e quem diz que é mordomia, que adoraria, luxo, elite, etc. é porque nunca passou por isso. Assim, sempre que abre os olhos e vê que está em um estabelecimento desses, a primeira sensação é de tristeza. O usual é respirar fundo, partir para o banho com uma música animada e fazer o dia começar no tranco. Esta quinta não foi diferente.

Depois do café da manhã, um rapaz do escritório de Campo Grande foi buscá-lo e juntos seguiram para a empresa. Com três boas músicas em sequência tocando no rádio, o motorista notou a empolgação de Renato e comentou como se tivesse lido seus pensamentos: "É a trilha sonora do Guardiões da Galáxia! Muito massa!". O caronista anotou mentalmente a informação e se comprometeu a adicionar o álbum a sua coleção no Spotify.

O dia de trabalho em si foi de correria e muitas atividades. Não leu notícias, como é de costume, não acessou sua conta no banco pela internet, como é rotineiro, muito menos teve tempo de puxar papo com Andressa, como de praxe. Foi útil e produtivo, o que da mesma forma o faz se sentir bem.

Um momento relevante do dia, contudo, foi o almoço. Mais uma vez Renato saiu para comer com a equipe com quem trabalhava ali e com Ralf. Assim como no dia anterior, este foi simpático apesar da situação. Mas entre eles, a menina Carina se destacou. Ao ver Ralf falar ao celular enquanto dirigia ela protestou que era uma situação ilegal e perigosa. Deu ênfase para o ilegal! Vendo um fio solto e uma boa oportunidade de história para contar, Renato o puxou e provocou a moça a discorrer sobre o "ilegal".

Em resumo, Carina é a favor de seguir ferrenhamente as leis, inclusive aquelas de que discorda, "já que, se não concordamos, temos que buscar os meios legais e jurídicos para alterá-la". Renato sorriu e sentiu um misto de pena com alívio. Pena porque já foi assim na vida e viu o desconforto e os problemas que causou para si. Alívio por conseguir enxergar explicitamente que já superou essa fase e se sente ótimo "desrespeitando" a lei quando lhe convém, desde que dentro de sua própria ética. Apesar dos sentimentos por aquela garota de 23 anos que defendia ferrenhamente sua tese, não quis fazer nada para intervir na questão.

O fim do dia veio a cavalo e trouxe um cansaço mental extremo em sua bagagem. Nosso protagonista só quis ir para o hotel descansar, pedir uma boa comida japonesa, pôr suas leituras em dia e dormir. Nesse meio tempo, ainda arranjou um momento para papear um pouco com Alice, acertar detalhes do Ano Novo com Paloma e remarcar para a próxima semana o café com Nami.