A vida de Renato, contada quase diariamente por seu biógrafo favorito

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Mais um dia de praia (21/11/2015)

O plano era dormir cedo para acordar cedo. Mas não funcionou. Os dois casais despertaram por volta das 10 da manhã e trocaram mensagens por celular, combinando se encontrarem na sala do apartamento em uma hora. Todos nós sabemos o que fariam nesses 60 minutos que deram uns aos outros.

O "café-da-manhã", tomado em uma frutaria de esquina na rua de cima de onde estavam, foi gostoso, mas o atendimento foi péssimo, assunto colocado forçosamente em pauta pela situação e usado como fagulha para iniciarem os trabalhos verborrágicos do dia.

Quando voltaram ao apartamento, de acordo com o que tinham decidido minutos antes, os quatro se arrumaram para aproveitarem a praia. Dez minutos para os rapazes, vinte para as moças e todos já podiam sair.

O tempo estava nublado, quase a continuação do tempo fechado com chuvisco da noite anterior, mas sem água alguma vir do céu. Temerosos com a possibilidade de ela resolver descer de uma vez em uma enxurrada, eles preferiram pegar uma mesa na parte coberta do quiosque. Cerveja, casquinha de siri e mais conversa fiada. Três horas disso.

Suco de cevada estufa, mas não alimenta. A frase popular foi comprovada quando alguém à mesa comentou de comerem algo de mais sustança e todos concordaram desesperadamente. Pediram a conta e foram atrás de um restaurante árabe sugerido por uma colega de Esponja e Duende que trabalhara naquela cidade por mais de um ano.

Foram quibes e esfirras até não caberem mais. Aí pediram kibe cru e empurraram com mais cerveja, cujo primeiro pedido fora feito na abertura da conta e já se contava a terceira garrafa. Mente relaxada, corpo empanturrado, faltava só deixar a alma dar uma volta fora do corpo. E foi o que fizeram.

Com certa dificuldade até para caminhar depois de abusarem da capacidade do estômago, o grupo seguiu de volta para o apartamento e os rapazes de sentaram no sofá, com as respectivas namoradas com as cabeças eu seus colos e o resto largado no espaço que sobrou do móvel da sala. Um a um, os quatro cochilaram por um tempo, até quase escurecer. Também um a um, eles foram acordando e se acordando aos bocejos.

Esponja finalmente se levantou e se espreguiçou a exaustão. Pediu que a namorada fizesse o mesmo e os dois anunciaram que partiriam. Alice e Renato fizeram a famosa cortesia de solicitar que ficassem mais um pouco, ofereceram a casa mais um dia, mas o outro Renato insistiu que precisava voltar para São Paulo ainda hoje.

Despediram-se na porta do carro dos visitantes e o casal que ficou voltou a fazer preguiça no sofá. Na TV, um documentário sobre o Estado Islâmico prendeu a atenção do nosso protagonista enquanto sua namorada brincava com sua cachorra (ela veio com eles ontem) e caçava o que fazer pela casa. Quando o vídeo acabou, os dois saíram para procurar o que comer e acabaram em um bistrô italiano de um senhor pitoresco. O próprio, com um sotaque praiano, se dizia italiano, cozinhava todos os pratos que servia e contava "causos" os clientes, dos acidentes que sofrera às namoradas quase 30 anos mais nova que vira-e-mexe arrumava.

Foi uma noite agradável de comida boa e bastante risada. O par embrulhou a comida restante e a levou para ser o almoço do dia seguinte. Foram dormir perto da meia-noite, arrumando tempo para namorar mais um pouquinho.