A vida de Renato, contada quase diariamente por seu biógrafo favorito

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Mudanças na equipe de trabalho (18/11/2015)

Por sorte, o ônibus que Renato toma para ir ao trabalho passa literalmente na porta do motel em que ele e Alice haviam passado a noite. Depois de namorarem um pouquinho e se arrumarem com pressa, ele se despediu da moça e se colocou em pé no ponto, aguardando a condução coletiva.

Hoje não havia distrações ao seu redor na empresa. Mateus estava em reuniões no Rio de Janeiro e Laura no escritório do interior. Quando quer, o rapaz torna-se um exemplar workaholic, pelo que vestiu essa máscara pouco depois das dez horas e não tirou mais.

Para não dizer que ficou no mesmo estado o dia todo, foi convidado para almoçar por dois trainees da engenharia, uma moça e um rapaz, e aceitou. Foi um momento agradável para relaxar um pouco fazendo duas coisas de que mais gosta: falar e discutir política. A garota pedira detalhes sobre o Estado Islâmico e sua relação com os atentados de Paris, e Renato desatou a explicar tudo o que havia lido na última semana sobre o assunto, da forma didática e às vezes até prolixa com que gosta de se expressar.

À tarde, o fone de ouvido o deixou apenas fisicamente no escritório. Mentalmente ele embarcou nos bits do notebook e até a noite só fez contas, projetos e projeções. Cabe ressaltar, contudo, que novamente os mesmos dois trainees foram os que tiraram Renato de seu transe laboral. Em uma reunião de emergência com a diretoria, o par foi informado que ambos seriam transferidos para uma unidade de negócios do Sul, com início na segunda-feira próxima.

Dado que nosso protagonista divide (dividia?) um apartamento no interior com rapaz transferido, ficou no ar a dúvida do futuro daquela mini-república que montaram. Isso provavelmente só será resolvido em uma semana ou duas, mas tirou a concentração de Renato e fez disso a pauta da vida daquele instante até ir para sua casa.

O dia seguiu sem mais novidades. Com Alice, acertou os pequenos detalhes pendentes da viagem que farão no feriado próximo. Com a irmã, formalizou o encerramento da procura por chácaras para o Ano Novo, sendo que sexta-feira ela visitará a última chance que eles vislumbram de fazerem algo diferente no Réveillon. Por fim, terminou a leitura de um profundo e extenso texto sobre o mesmo Estado Islâmico que fora assunto no almoço, já deitado em sua cama, pronto para dormir.